quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

O PROFESSOR E O USO DAS TECNOLOGIAS: INÍCIO DE CONVERSA

POR MARI MONTEIRO



Todos nós sabemos, até porque ela está cada vez mais presente no nosso dia a dia, que a tecnologia é muito útil e benéfica e que, como todo recurso pedagógico, tem VANTAGENS E DESVANTAGENS. Vantagens porque, quando bem utilizada, rende excelentes “frutos”; pois é atraente e faz parte da realidade do aluno. Muito embora, neste exato momento, algum leitor deva estar resmungando algo parecido com: “Ah! Vá! Meus alunos mal tem o que comer!”. Isso porque temos a mania de subestimar as habilidades dos alunos NASCIDOS NA ERA DIGITAL

E desvantagens; sobretudo, porque ainda existe muita dificuldade em CONVENCER (não encontrei um termo melhor) os profissionais da educação de que não há mais como não planejar,   e desenvolver atividades que envolvam o uso das tecnologias no trabalho docente.


Tanto a abordagem anterior é verdadeira, que consigo (eu e  mais um sem número de pessoas também) perceber os mais diferentes e variados posicionamentos sobre este tema numa mesma escola, seja ela particular ou pública; obviamente que, na instância privada, os docentes são “OBRIGADOS” a trabalhar com a realidade do aluno. Primeiro porque tem todos os recursos à mão e, depois, porque os pais cobram este tipo de trabalho: a preparação do aluno para o “HOJE”. Já nas escolas públicas também há uma predisposição para realizar trabalhos de qualidade envolvendo a tecnologia, embora os recursos não sejam suficientes em muitas unidades. Mas, há também o professor que OPTA por  não ENXERGAR; ou seja, é bem mais cômodo fingir que meu aluno de hoje é EXATAMENTE igual ao aluno da época em que eu estudava e que a ele bastam giz, lousa e muita conversa (quando há!).

De acordo com uma reportagem do Estadão, datada de 2010 (faz um tempinho hein? O que significa que muita coisa avançou desde então), Ana Maria Hessel, professora de tecnologia da inteligência e design digital da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), afirma que a educação está atrasada e ainda não encontrou um modo de usar a tecnologia em aula. “Os alunos já consomem tudo isso. Somos nós, professores, que estamos atrasados, e os alunos vão nos ensinar. As tecnologias promovem uma troca ótima.”

Para ela, a “compulsão por informação” provocada pelas novas tecnologias deve sim ser incorporada nas salas de aula. “Há uma necessidade de multitarefa nessa geração. Não é possível dar uma aula como antes.”

Algumas escolas particulares de São Paulo estão promovendo projetos que incorporaram a tecnologia de forma pedagógica na grade curricular. O colégio I.L. Peretz, na Vila Mariana, criou uma midiateca para que professores e alunos tenham acesso às novas mídias. “É um modo de estimular o aluno”, diz o responsável pelo espaço, Heber Terra.


Plataformas como blogs e o site de vídeos YouTube são usadas para trabalhar textos e até projetos científicos no colégio Santo Américo, no Jardim Colombo. “As redes sociais são promissoras até como ferramenta de formação continuada aos professores. Mas é preciso encontrar um norte”, afirma o coordenador pedagógico do ensino fundamental do colégio, César Pazinatto. (In. http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,uso-de-tecnologia-ainda-e-desafio-para-professor,626271,0.htm – acesso em 12/02/2014)

Enfim, como disse, este artigo representa apenas o início de uma conversa que se estenderá e, quiçá, evoluirá para práticas pedagógicas cada vez mais próximas da realidade dos nossos alunos. O que, aliás, virou clichê, mas não virou VERDADE em muitos estabelecimentos de ensino...






terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

GRÁFICO: ANIVERSARIANTES – PROFª AIDA

POR MARI MONTEIRO

PROFESSORA AIDA E SUA LUNA SUELLEN: ATIVIDADE NOVA À VISTA...

A fim de dinamizar e de ilustrar a produção de gráficos nas aulas de matemática, a Profª Aida, que leciona para o 3° ano do Ensino Fundamental I. 

Os alunos se mostraram extremamente empenhados e empolgados ao verbalizar o mês de aniversário e marcá-los na lousa (conforme registros abaixo). Aos poucos, o gráfico foi sendo construído pelos alunos sob a mediação da professora.

Ao concluir a atividade, a professora demonstrou para os alunos o formato de um gráfico de colunas e o quanto o mesmo é importante para a visualização PRECISA DOS DADOS.

Apreciem os registros da referida aula!

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

ESTIAGEM E SUAS CONSEQUÊNCIAS: ENTRE NO CLIMA !!!

POR MARI MONTEIRO



Há dias os meios de comunicação anunciam o aumento do calor e da consequente estiagem no estado de São Paulo. O fato de esta estiagem ser incomum nos meses de janeiro e fevereiro causa alarde e chamam a atenção para uma relevante questão: “Cadê as chuvas de verão de todo final de tarde?”.


Obviamente, nós estamos cientes das consequências destas fortes chuvas sobre a população tais como: enchente; desabamento de encostas; pessoas que perdem tudo, inclusive, a vida... Mas, é preciso ponderar: TANTO A ESTIAGEM COMO AS FORTES CHUVAS SÃO PREJUDICIAIS AOS SERES VIVOS E À NATUREZA EM GERAL. Assim como, também as causas deste desequilíbrio ambiental são resultados das NOSSAS AÇÕES AO LONGO DE DÉCADAS.  Cabe até mesmo o clichê: “A gente colhe o que a gente planta.” Se é que poderemos colher ou plantar algo de agora em diante.


Sabe - se que em algumas cidades de São Paulo, infelizmente, os racionamentos de água já iniciaram. Na semana passada, foi a vez da cidade   de Diadema no ABC Paulista, onde falta água em diferentes bairros de forma alternada. ( leia mais em http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/02/1408860-estiagem-faz-com-que-diadema-inicie-


Fato semelhante acontece com os “apagões”, que nada mais são do que um “sinal” de que as usinas não estão dando conta de produzir a energia necessária para o ABASTECIMENTO de determinadas regiões. O risco de faltar energia para abastecer todo o sistema elétrico do Sudeste e Centro-Oeste, responsável por quase 70% do fornecimento de energia no Brasil, nas próximas semanas é de 20,20%. Para o Sul, essa probabilidade é de 20,75%. Os números foram levantados pela consultoria Excelência Energética a pedido do site de VEJA e são calculados com base nos dados do sistema do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A consultoria leva em conta a relação entre o regime de chuvas previstas, a demanda futura e a capacidade de geração do sistema (já incluindo as usinas termelétricas) (leia mais em http://veja.abril.com.br/noticia/economia/risco-de-apagao-no-sul-e-sudeste-ja-supera-20-aponta-estudo )


Fato é que não dá pra ficar indiferente a estes acontecimentos. Sobretudo, nós, educadores, temos  o DEVER de levar esta discussão para sala de aula. É imprescindível que, cada vez mais cedo, as pessoas saibam das mudanças climáticas ocorridas (e que estão por vir) por conta do aquecimento global. Posso fazer uma breve lista de aspectos capazes de convencer tanto a educadores como aso alunos desta “NECESSIDADE PEDAGÓGICA”:

1 – estudo das causas do aquecimento global;
2 – consequências do aquecimento global;
3 -   escassez  e encarecimento dos alimentos;

4 – doenças advindas do calor excessivo;
5 – os iminentes riscos dos racionamentos de água e de energia elétrica;
6 – prevenção do racionamento: utilização da água e da energia elétrica com consciência; não apenas nos períodos de estiagem, mas durante toda a vida (CONSUMO CONSCIENTE);
7 – a água potável é um RECURSO ESGOTÁVEL;
8 – necessidades de campanhas mais INCISIVAS na mídia sobre o consumo consciente, o que é um fator motivador para que estas campanhas aconteçam em âmbito local (no interior das escolas e no bairro em que estão localizadas , por exemplo);
9 - agravamento das doenças respiratórias;
10 – quais as ações necessárias à busca de EQUILÍBRIO na natureza?

 Enfim, assunto é o que não falta. O foco deve ser: QUE PLANETA OS FILHOS DOS NOSSOS NETOS HERDARÃO? É, sim, urgente pensar em consequências  longo prazo. O que, cá para nós, os brasileiros, não são muito afetos. Gostamos sempre de achar que nada acontecerá conosco, que na hora “H” Deus dará um jeito... Não foi Deus quem poluiu; desperdiçou água e energia... e nem é Ele quem quer que “torremos” e adoeçamos com este calor “ANORMAL” e que tenhamos nossas casas  e vidas destruídas pelos fenômenos da natureza, que nada mais são do que uma RESPOSTA ÀS NOSSAS AÇÕES. Portanto, o mínimo que podemos fazer é assumir nossa RESPONSABILIDADE e AGIR enquanto ainda podemos... A pergunta é: QUEREMOS???



quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

ALIENAÇÃO PARENTAL

POR MARI MONTEIRO


Ao ouvir este termo num documentário de TV, fiquei interessada em saber seu significado; sobretudo, devido aos artigos envolvendo o tema “Família”, que vem sendo postados no blog. Foi então que descobri que se trata de uma SÍNDROME: (SAP) – Síndrome da Alienação Parental.  É termo proposto por Richard Gardner, em 1985, para a situação em que a mãe ou o pai de uma criança a treina para romper os laços  afetivos com o outro cônjuge, criando fortes sentimentos de ansiedade e temor em relação ao outro genitor.



Ao interpretar o significado, percebe-se que, apesar da denominação técnica um tanto ausente do nosso vocabulário, nós presenciamos muitos fatos e/ou circunstâncias a ele relacionados; sobretudo, no meio escolar, quando lidamos com os dramas familiares existentes. Daí a importância de estudarmos juntos e entendermos este tema de modo mais aprofundado. “Inclusive, porque se trata de um campo de estudo presente na LEI DA ALIENAÇÃO PARENTAL:” A lei prevê medidas que vão desde o acompanhamento psicológico até a aplicação de multa, ou mesmo a perda da guarda da criança a pais que estiverem alienando os filhos.” A Lei da Alienação Parental, 12.318 foi sancionada no dia 26 de agosto d e 2010. (In. http://www.alienacaoparental.com.br/to de 2010.

Apesar de recente, a Lei deixa claro que o fato de alienar os filhos, objetivando o distanciamento deste do pai ou da mãe é passível de multa, além de envolver uma eventual perda da guarda da criança de acordo com a gravidade do caso.

O que torna mais interessante ainda este estudo é que, ainda que de forma “inconsciente”, a maioria de nós já presenciou ou tomou conhecimento de atitudes similares. A diferença é que, comumente, usamos o termo: “Fulano fala mal da esposa para o filho.” Ou, ainda, “Fulano fica jogando a filha contra o pai.” O bom das circunstâncias serem devidamente nominadas e entendidas é que, a partir de então, se torna possível acionar  a Lei (a propósito tão desconhecida e distante de nós) e fazer valer direitos que, de outra forma, sequer saberíamos que existem.


Outro aspecto bastante interessante sobre a Alienação Parental é que os casos mais frequentes da Síndrome da Alienação Parental estão associados a situações onde a ruptura da vida conjugal gera, em um dos genitores, uma TENDÊNCIA VINGATIVA muito grande. Quando este não consegue elaborar adequadamente o luto da separação, desencadeia um processo de destruição, vingança, desmoralização e descrédito do ex-cônjuge. Neste processo vingativo, o filho é utilizado como instrumento da agressividade direcionada ao parceiro. O que, convenhamos, chega a ser uma violência contra a criança que pode vir a se desenvolver acreditando que o seu pai (ou mão) possuem determinados “defeitos”, que não correspondem à realidade.

Chamou minha atenção, inclusive, o conhecimento do quão comum são os casos de Alienação Parental (além, obviamente, daqueles que não são oficialmente diagnosticados):

Estatísticas sobre a Síndrome da Alienação Parental
  • 80% dos filhos de pais divorciados já sofreram algum tipo de alienação parental.
  • Estima-se que mais de 20 milhões de crianças sofram este tipo de violência.

Diante disso, vale a pena aprofundar as discussões e as pesquisas sobre o tema e observar com mais SENSIBILIDADE e atenção os relatos de mães e de mães separados (situação esta cada vez mais comum na sociedade) a fim de verificar a existência ou não da prática de Alienação parental. Uma vez identificada, a prática pode ser informada à Gestão Escolar e, assim, ser discutida com os “envolvidos” e estes orientados a buscar auxílio psicológico. Mesmo porque, é quase certo que a criança que sofre este tipo de violência o reflita nas situações de aprendizado e no seu comportamento em relação aos colegas e professores, implicando diretamente na qualidade do seu RENDIMENTO ESCOLAR.

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