segunda-feira, 7 de abril de 2014

DISPOSIÇÃO PARA O APRENDIZADO

POR MARI MONTEIRO

Muitas coisas nos entristecem durante o dia... E nos alegram também. Uma coisa que me deixa muito feliz é a percepção de que a maioria das pessoas possuem DISPOSIÇÃO PARA O APRENDIZADO. Ou seja, está, desde que acordam até a hora de adormecer, abertas a novas leituras de mundo; querem absorver o que lhes é oferecido pelas circunstâncias seja no trabalho ou na vida social Isso é coisa bonita de se ver.

Por outro lado, o oposto desta postura me  entristece profundamente: O NÃO QUERER APRENDER! Infelizmente, no meio educacional, nos deparamos com atitudes assim a todo instante. E, não é necessário muito entendimento, para saber que este não um ambiente propenso à RECUSA DO APRENDIZADO. A propósito, é quase como se não tivéssemos escolha: ou aprendemos todos os dia com tudo e com todos ou... Ficaremos aniquilados e imersos na nossa própria ignorância. Acreditem, há muitos que preferem ser aniquilados; porém não sem , antes, tentar contaminar os outros.


Felizmente, existe o antídoto para o que chamo de APATIA PEDAGÓGICA; para aquele profissional  que não quer mais aprender e nem ensinar; mas também não "larga o osso". Ah!!! Esse tipo de profissional é (educadamente falando) AS - QUE - RO - SO!  Só faz atrapalhar o andamento de qualquer coisa: reuniões; workshops; oficinas; aulas e afins. Seu perfil não foge muito aos padrões de um profissional que, definitivamente, está onde menos gostaria de estar: na escola! É carrancudo; bravo; intolerante; mal educado e nada diplomático. 

Haveria lugar pior para este tipo de pessoa que em uma escola? Claro que não! Na escola, a priore, as pessoas devem ( e, para mim, isso é muito óbvio) ser as mais bem educadas e respeitosas quanto possível. O problema é que muitos confundem o ato de dizer a que veio (educadamente) com grosseria. É como dizia o grande Desmond Tutu: "NÃO LEVANTE SUA VOZ, MELHORE SEUS ARGUMENTOS!".

Enfim, tenho pra mim (apenas pra mim...) que, para frequentar uma escola, seja como professor, aluno, funcionário (em qualquer atividade)... É necessário possuir o mínimo de VONTADE DE ESTAR EXATAMENTE ONDE ESTÁ! Querer ouvir... QUERER APRENDER. Não sabemos tudo; mas, graças a Deus, quase tudo pode ser aprendido: a tolerância; o ato de ouvir;  argumentar sem desqualificar ou desrespeitar o outro... E; sobretudo, amar. O amor torna mais fácil o aprendizado. O amor e o respeito são os "antídotos".

quarta-feira, 2 de abril de 2014

"ESPAÇO PARA A LEITURA: UMA PRÁTICA NECESSÁRIA"

POR MARI MONTEIRO



Elaborar um bom espaço de leitura aconchegante e atrativo nas salas de aula é uma prática constante na E. E. Carlos Drummond de Andrade. Tal procedimento é parte de uma série de incentivos à leitura promovida pelos educadores em geral.



 


Nesse sentido, todas as salas de aula possuem o chamado “ESPAÇO DA BOA LEITURA”. Exemplo disso é o espaço criado pela Professora Gedalva Maria e pela Professora Vera Lovato dos 3ºs anos C  e G, respectivamente.


 
Em contato com este espaço e tendo à sua disposição diversos títulos de obras, os alunos estabelecem um vínculo cada vez mais estreito com a prática da leitura. Daí por diante, são realizadas trocas entre eles e, periodicamente, os livros são “substituídos” por exemplares inéditos a determinada sala. O que propicia o conhecimento de diversos autores e gêneros.

terça-feira, 1 de abril de 2014

TRISTE CONSTATAÇÃO: Alunos não sabem nem o básico em Língua Portuguesa.

POR MARI MONTEIRO


Apesar da matéria em questão tratar, especificamente, das dificuldades em Língua Portuguesa, encontradas pelos alunos do Ensino Médio, cabe aqui uma reflexão que nos remete à aprendizagem nas séries iniciais. A propósito, esta é uma questão passível de um debate mais aprofundado. Sob meu ponto de vista, as principais dificuldades encontradas, seja no Ensino Fundamental II ou no Ensino Médio, deve-se, em sua maioria, a sequelas e a lacunas deixadas pelo Ensino Fundamental I, que se AGRAVARAM no decorrer das séries seguintes.
http://www.unicamp.br/iel/site/alunos/publicacoes/textos/p00007.htm
http://www.unicamp.br/iel/site/alunos/publicacoes/textos/p00007.htm
http://www.unicamp.br/iel/site/alunos/publicacoes/textos/p00007.htm

Explico. A ESCRITA ESPONTÂNEA e a ARGUMENTAÇÃO, por exemplo, são atividades que envolvem uma ALFABETIZAÇÃO REAL e não apenas um "parecer" de que o aluno está "silábico - alfabético". Num 5º  ano, por exemplo, o aluno PRECISA DE SER MUITO MAIS DO QUE UM SILÁBICO ALFABÉTICO. Ele precisa estar alfabetizado, de fato, para que seu professor possa desenvolver, juntamente com ele, outras habilidades, o que inclui uma ESCRITA CADA VEZ MAIS APRIMORADA. Trata-se, a meu ver, de uma questão de MERECIMENTO. Toda criança merece (E TEM O DIREITO) de "ir para o fundamental II" com estas habilidades garantidas: a escrita espontânea e a argumentação. Como isso não acontece,na maioria dos casos, nos deparamos com dados como os que seguem, publicados ONTEM 31/03/2014):

“Quase quatro em cada dez alunos chegaram ao fim do ensino médio na rede estadual de São Paulo sabendo menos do que o básico em Português. No 9.º ano, essa proporção é de três em cada dez. Como o Estado revelou nesta quinta-feira, 27, a qualidade da educação caiu no ensino médio e ficou estagnada no fim do fundamental, segundo o Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (IDESP).
Os níveis de proficiência são organizados a partir da pontuação dos alunos nas provas de Português e Matemática no Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Sabesp). São quatro níveis: abaixo do básico, básico, adequado e avançado. A Secretaria de Estado da Educação considera como suficiente o desempenho dos alunos que fiquem entre os níveis básico e avançado. A pasta não informou, no entanto, as médias alcançadas pela rede nas duas provas - não é possível saber se houve piora nas duas avaliações.A proporção de alunos que ficaram no pior nível de proficiência (abaixo do básico) aumentou tanto no ciclo 2 do fundamental (6.º ao 9.º ano) quanto no médio entre 2013 e 2012. No fundamental, 30% ficaram no patamar, ante 28,5% no ano anterior. São alunos incapazes, por exemplo, de organizar, em sequência, os episódios principais do enredo, em conto e fábula.Já no ensino médio, 39,6% estão nesse nível mais baixo, ante 34,4% em 2012. Com esse desempenho, um aluno do 3.º ano não consegue, por exemplo, distinguir um fato da opinião sobre esse mesmo fato em um artigo opinativo.”.  (In. http://estadao.br.msn.com/educacao/alunos-n%C3%A3o-sabem-nem-o-b%C3%A1sico-em-portugu%C3%AAs – Acesso em 1º/04/2014)
 

Portanto, é URGENTE que sejam planejadas e executadas AÇÕES desde as primeiras séries do Ensino Fundamental, para que, ao se deparar com um número maior de professores e de CONTEÚDOS, os alunos sejam capazes de assimilar os conteúdos e de transformar as informações em CONHECIMENTO. Diante dos resultados PROMISSORES do IDESP para o desempenho dos alunos do Ensino Fundamental I, devemos estar na direção correta! Então, façamos a nossa parte. No mais, é torcer para que, nas séries seguintes, os alunos possam continuar contando com profissionais COMPROMETIDOS e EMPENHADOS na aprendizagem real e não naquela que, mascarada, MARGINALIZA e EXCLUI.