sexta-feira, 18 de abril de 2014

Galeria de Arte dos alunos com novo trabalhos expostos (última atualização)

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ARTE GREGA E 

ABSTRACIONISMO 

SÃO OS NOVOS TRABALHOS PRODUZIDOS PELOS ALUNOS DA E.J.A. - ARTE

terça-feira, 15 de abril de 2014

NECESSIDADE DE ATENÇÃO: EIS A QUESTÃO!

Por Mari Monteiro



Há incontáveis pesquisas que afirmam que a necessidade de obter atenção é responsável por grande parte dos conflitos existentes dentro e fora do ambiente escolar. Independentemente do local ou classe social e resguardado o nível de maturidade de cada indivíduo, a necessidade de atenção tende a conduzir o indivíduo a atitudes que, na maioria dos casos, resultam em discórdias entre este e o grupo.


No caso das crianças pequenas, este comportamento pode até passar despercebido, mas nem por isso deixa de causar danos. Por exemplo, na ânsia de suprir  a ausência no lar, muitos pais enchem os filhos de mimo e de proteção. Com o passar do tempo, a criança se dá conta de que basta uma manhãzinha e lá está o que quero: algo material. Como se algo material pudesse ocupar o vazio de um sentimento; a falta de memória sobre um tempo que não volta mais... Pronto! está estabelecida a Técnica de Manipulação. Ou seja, a certa altura a criança (e isso se agrava com a adolescência) percebe que é capaz de manipular pais, professores e amigos.


A este respeito, Adriana Carvalho (2013) afirma que "Querer ter a atenção dos pais, dos professores ou dos colegas é um desejo natural de qualquer criança. Mas há casos em que essa necessidade se mostra exagerada. (...) Há ainda situações em que o objetivo da criança ao chamar a atenção não é obter aprovação e admiração e sim conseguir algo que quer. Isso acontece, por exemplo, quando arma um escândalo, prende a respiração ou bate a cabeça para ganhar o brinquedo ou doce que lhe foi negado."




No ambiente  escolar, a necessidade de chamar a atenção pode representar diferentes facetas. Ora a criança fará isso para ser notado, simplesmente isso; ora, fará isso para se sobressair de modo, por vezes arrogante, objetivando sentir-se  e ser considerada MELHOR e SUPERIOR. As duas situações são perniciosas. Pois, de qualquer modo, a criança não estará agindo com naturalidade. Carvalho (Op. cit.), afirma que  nestes casos, os alunos são aqueles que querem responder a todas as perguntas do professor, sem dar chance aos demais de participar. Outros exemplos são os das crianças que gostam de mostrar o quanto são bonitas, populares ou hábeis em algum esporte ou brincadeira. Algumas vezes, para se sobressair, os pequenos tomam atitudes que podem magoar os demais: apontam os “defeitos” daqueles que não são tão “bons” quanto ele.






O perigo maior é que nós, adultos, pais e professores, deixemos passar estas situações e, com isso, alimentemos cada vez mais o ego de uma criança manhosa, que se tornará um adolescente arrogante e um adulto manipulador e dissimulado. Obviamente, não há nenhuma virtude nisso. Mas, como evitar tais comportamentos?

Nas situações em que  a criança é ávida por atenção no ambiente escolar, a dica de Carvalho (Op. Cit.) é mostrar à criança que cada um tem a sua vez e que ela precisa dar oportunidade aos outros de participar da atividade em questão, seja uma lição feita em classe, seja uma partida de um jogo. Não é porque ela sabe todas as respostas ou tem mais habilidade que deve dominar a cena ou "furar" a vez dos outros. Além disso, explique que os colegas ou irmãos podem ficar chateados com sua atitude. Vale aqui o velho ditado: "O importante não é ganhar, é participar".



No tocante aos pais, Carvalho (Op. Cit.) recomenda que , quando estes perceberem que é birra, não devem dar importância a atitudes inadequadas da criança. Quando a birra expuser a criança a algum tipo de risco, fique por perto, de modo a evitar  dar atenção direta a ela. O melhor a fazer sempre é ignorar as atitudes de birra. Trata-se de uma situação difícil e há pais que cedem a esse comportamento inadequado da criança. Essa atitude dos pais, geralmente, traz consequências negativas. Os pais devem sempre mostrar que quem está no controle da situação são eles, e não os filhos. Os pais podem mostrar ao filho que há maneiras mais adequadas de se expressar, como o diálogo. Pois, cedo ou tarde, a criança encontrará pessoas com  diferentes opiniões e  com diferentes sentimentos.

Enfim, uma vez que todo adulto sabe da premissa de que a atitude de chamar a atenção é sempre o SINTOMA de algo e que as CONSEQUENCIAS deste comportamento, quase sempre, são negativas, não por que ignorar que atitudes preventivas devem ser tomadas. Não há, nestes casos, como fugir a um diálogo franco entre os pais ( entre pais e educadores, se for o caso) e entre estes e a criança. A vida é menos cruel para aqueles QUE CONSEGUEM DIALOGAR; para aqueles que APRENDEM QUE A ARROGÂNCIA E A MANIPULAÇÃO não os conduzirá por bons caminho... É a aquela velha e boa história: NÓS JÁ CONHECEMOS O CAMINHO DAS PEDRAS. Além disso, um pouco de frustração ajuda a criança a crescer emocionalmente e a aceitar  fato de que a vida não boa o tempo todo.

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