POR MARI MONTEIRO (Colaboração Professor Flavio C. Novo)
Os últimos resultados sobre a educação brasileira, divulgados
em dezembro de 2013, são alarmantes para
não dizer “FRUSTRANTES”. Neste artigo serão
apresentados alguns dados recentes que dão conta do quanto a situação do Brasil
é delicada no que se refere a uma educação de qualidade. O
primeiro dado a ser analisado é sobre o domínio da LEITURA e das CIÊNCIAS. De acordo
com a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), as economias asiáticas
dominam o topo de desempenho dos estudantes. Hong Kong aparece em 2° lugar em
ciências e leitura e na 3ª posição no rol de matemática. Já Cingapura ficou com
a 2ª colocação em matemática e com a 3ª posição em leitura e ciências.
Os estudantes
brasileiros tiveram desempenho pior que o de 2009 em leitura. Com dois pontos a
menos (410), o Brasil ficou com a 55ª posição do ranking de leitura, era 53ª na avaliação
anterior. Quase 90 pontos abaixo da média da OCDE (496), o Brasil tem o
desempenho pior que o de países como Chile, Uruguai, Romênia e Tailândia.
Em ciências, o Brasil caiu do 53° posto para o 59° lugar, apesar de ter mantido a mesma pontuação (405). A média dos países de OCDE nessa disciplina foi de 501 pontos. Matemática foi a única disciplina em que os brasileiros apresentaram avanço no desempenho, ainda que pequeno. O Brasil saiu de 386 pontos, em 2009, e foi a 391 pontos --a média da OCDE é de 494 pontos. A melhora não foi suficiente para que o país avançasse no ranking e o Brasil caiu para a 58ª posição em matemática.
Segundo Ocimar Munhoz Alavarse, especialista em educação pela
Faculdade de Educação da USP (Universidade de São Paulo), o país ainda tem
muitos alunos com baixo desempenho nas áreas avaliadas. "Quando a gente
olha o Brasil nos resultados desse Pisa, não só a média geral é baixa como tem
muita gente concentrada abaixo do nível adequado. Esses alunos que saem do
ensino fundamental e são avaliados pela prova acabam tendo o desempenho que se
espera de um aluno do 5º ou 6º ano".
O fato de saber que o índice de PROFICIÊNCIA NA LEITURA, no Brasil, abaixou ao invés de ser elevado é extremamente grave. Isso equivale afirmar que o desempenho dos alunos PIOROU. Além disso, é preciso considerar que, ema vez não sabendo proceder à escrita e à leitura de qualidade, as demais áreas do aprendizado ficam, por tabela, comprometidas.
Contudo, a questão que se coloca é a necessidade de ir além
do simples conhecimento dos resultados obtidos. É URGENTE que sentemos com
nossos pares para travar diálogos educacionais, como maior nível de maturidade
possível, a fim de buscar “SAÍDAS”; alternativas; PLANOS B... Enfim, ações que possam
surtir efeitos no sentido de, no mínimo, APROXIMAR o Brasil do 1º colocado:
XANGAI. Estamos distantes disso? MUITO! Estamos atrás de países com menor
infraestrutura que o nosso o que é VERGONHOSO, politicamente falando.