quarta-feira, 30 de abril de 2014

RUMOS DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

POR MARI MONTEIRO (Colaboração Professor Flavio C. Novo)




Os últimos resultados sobre a educação brasileira, divulgados em dezembro de 2013,  são alarmantes para não dizer “FRUSTRANTES”.  Neste artigo serão apresentados alguns dados recentes que dão conta do quanto a situação do Brasil é delicada no que se refere a uma educação de qualidade. O primeiro dado a ser analisado é sobre o domínio da LEITURA e das CIÊNCIAS. De acordo com a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), as economias asiáticas dominam o topo de desempenho dos estudantes. Hong Kong aparece em 2° lugar em ciências e leitura e na 3ª posição no rol de matemática. Já Cingapura ficou com a 2ª colocação em matemática e com a 3ª posição em leitura e ciências.

Os estudantes brasileiros tiveram desempenho pior que o de 2009 em leitura. Com dois pontos a menos (410), o Brasil ficou com a 55ª posição do ranking de leitura, era 53ª na avaliação anterior. Quase 90 pontos abaixo da média da OCDE (496), o Brasil tem o desempenho pior que o de países como Chile, Uruguai, Romênia e Tailândia.

Em ciências, o Brasil caiu do 53° posto para o 59° lugar, apesar de ter mantido a mesma pontuação (405). A média dos países de OCDE nessa disciplina foi de 501 pontos. Matemática foi a única disciplina em que os brasileiros apresentaram avanço no desempenho, ainda que pequeno. O Brasil saiu de 386 pontos, em 2009, e foi a 391 pontos --a média da OCDE é de 494 pontos. A melhora não foi suficiente para que o país avançasse no ranking e o Brasil caiu para a 58ª posição em matemática.  

Segundo Ocimar Munhoz Alavarse, especialista em educação pela Faculdade de Educação da USP (Universidade de São Paulo), o país ainda tem muitos alunos com baixo desempenho nas áreas avaliadas. "Quando a gente olha o Brasil nos resultados desse Pisa, não só a média geral é baixa como tem muita gente concentrada abaixo do nível adequado. Esses alunos que saem do ensino fundamental e são avaliados pela prova acabam tendo o desempenho que se espera de um aluno do 5º ou 6º ano".

O fato de saber que o índice de PROFICIÊNCIA NA LEITURA, no Brasil, abaixou ao invés de ser elevado é extremamente grave. Isso equivale afirmar que o desempenho dos alunos PIOROU. Além disso, é preciso considerar que, ema vez não sabendo proceder à escrita e à leitura de qualidade, as demais áreas do aprendizado ficam, por tabela, comprometidas.

Contudo, a questão que se coloca é a necessidade de ir além do simples conhecimento dos resultados obtidos. É URGENTE que sentemos com nossos pares para travar diálogos educacionais, como maior nível de maturidade possível, a fim de buscar “SAÍDAS”; alternativas; PLANOS B... Enfim, ações que possam surtir efeitos no sentido de, no mínimo, APROXIMAR o Brasil do 1º colocado: XANGAI. Estamos distantes disso? MUITO! Estamos atrás de países com menor infraestrutura que o nosso o que é VERGONHOSO, politicamente falando.

Outra realidade, não é possível resolver esta questão de modo isolado: cada um na sua sala; cada um na sua escola... Mesmo porque o exame é abrangente. Isso basta para que tenhamos clareza de que trata de uma mazela SOCIAL, POLÍTICA e ECONÔMICA.  Ou seja, o educador é movido por ideais? Sim! Mas não apenas por isso. O professor precisa de MELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO; MELHORES SALÁRIOS e de parcerias confiáveis com a FAMÍLIA e com os GOVERNANTES; sendo quês esta segunda é quase uma utopia.

 Enfim, está posto o quadro negro da educação brasileira. E não basta apenas contemplá-lo ou escrever sobre ele. É necessário FAZER ALGO. Talvez algo nunca tentado antes. Por exemplo, nos próximos dias vou me embrenhar numa pesquisa para saber de que forma os estudantes e os professores de Xangai estudam e aprendem. Serão “construtivistas”? Será que lá os alunos possuem inúmeras classificações para ATENUAR o analfabetismo como pré – silábico; silábico sem valor; com valor etc.? Questiono isso porque o Brasil, de um modo geral, costuma “IMITAR” programas sociais; econômicos e até comprar franquias de programas de TV estrangeiros... Então, por que NÃO IMPORTAR  E SE ORIENTAR POR UM MODELO EDUCACIONAL  MAIS EFICIENTE ( E MENOS CONDESCENDENTE! ) QUE O NOSSO?  

segunda-feira, 28 de abril de 2014

ORIGEM DO DIA DO TRABALHO

POR MARI MONTEIRO



Na próxima quinta – feira será comemorado o Dia do Trabalho. E, a exemplo de tantas outras datas comemorativas, esta também remete a uma conquista popular cuja história vale apena conhecer e SOCIALIZAR COM NOSSOS ALUNOS. Mesmo porque, trata-se, antes de qualquer coisa um ato social diretamente ligada à prática da CIDADANIA.




Além disso, como educadores, precisamos analisar juntamente com os alunos as questões vinculadas ao trabalho; ou seja, ao emprego no Brasil. É uma excelente oportunidade para desenvolver atividades de estatística; geografia; história; arte etc, procedendo à elaboração de gráficos (sobre as profissões dos pais e cidades em que trabalham); sobre as profissões sonhadas por nossos alunos; enfim, há uma gama de possibilidades que, cada professor, de acordo com sua turma, certamente, desenvolverá atividades enriquecedoras sobre o tema.

“O Dia do Trabalho é comemorado em 1º de maio. No Brasil e em vários países do mundo é um feriado nacional, dedicado a festas, manifestações, passeatas, exposições e eventos reivindicatórios. 

A História do Dia do Trabalho remonta o ano de 1886 na industrializada cidade de Chicago  (Estados Unidos). No dia 1º de maio deste ano, milhares de trabalhadores foram às ruas reivindicar melhores condições de trabalho, entre elas, a redução da jornada de trabalho de treze para oito horas diárias. Neste mesmo dia ocorreu nos Estados Unidos uma grande greve geral dos trabalhadores.



 
Dois dias após os acontecimentos, um conflito envolvendo policiais e trabalhadores provocou a morte de alguns manifestantes. Este fato gerou uma revolta nos trabalhadores, provocando outros enfrentamentos com policiais. No dia 4 de maio, num conflito de rua, manifestantes atiraram uma bomba nos policiais, provocando a morte de sete deles. Foi o estopim para que os policiais começassem a atirar no grupo de manifestantes. O resultado foi a morte de doze protestantes e dezenas de pessoas feridas.

Foram dias marcantes na história da luta dos trabalhadores por melhores condições de trabalho. Para homenagear aqueles que morreram nos conflitos, a Segunda Internacional Socialista  ocorrida na capital francesa em 20 de junho de 1889, criou o Dia Mundial do Trabalho, que seria comemorado em 1º de maio de cada ano.

Aqui no Brasil existem relatos de que a data é comemorada desde o ano de 1895. Porém, foi somente em setembro de 1925 que esta data tornou-se oficial, após a criação de um decreto do então presidente Artur Bernardes. “(In. http://www.suapesquisa.com/datascomemorativas/dia_do_trabalho.htm acesso em 28/04/2014)

quinta-feira, 24 de abril de 2014

CONSUMISMO NA INFÂNCIA

POR MARI MONTEIRO



Uma das características da sociedade atual é o CONSUMISMO DESENFREADO.  Somos bombardeados pela mídia em geral. Somos induzidos a adquirir MUITO MAIS do que necessitamos. Se nós, adultos, não conseguimos resistir como deveríamos, imagine a criança.


Por ser mais suscetível e influenciável, a publicidade direcionada ao público infantil usa de diversas artimanhas para “seduzi-lo”.  Tal situação se agrava; sobretudo, em datas comemorativas como: Dia das Crianças; Páscoa; Natal etc.


Há, inclusive, a questão da publicidade cotidiana: aquela que vemos todos os dias na TV e/ou na internet.  Os adultos são capazes de controlar seus desejos e de compreender as próprias limitações quanto ao consumo; por exemplo, de alimentos. O que não ocorre tão facilmente com o público infantil. Imaginemos uma propaganda de refrigerante num dia quente.  Para algumas crianças, bastará abrir o refrigerador e saciar a sede; mas, para a maioria, essa é uma realidade distante. E a vontade? O que fazer com ela? E por aí vai. São roupas; brinquedos; aparelhos tecnológicos etc.



Nesse sentido, cabe aos pais e aos educadores promover diálogos que promovam o entendimento gradativo sobre o “consumo consciente”. O mercado de produtos infanto-juvenis não pára de crescer, acompanhando e estimulando o aumento do poder dos filhos para influenciar os pais na hora da compra. Segundo o último censo do IBGE, 28% do total da população brasileira têm menos de 14 anos. São 35 milhões de crianças até dez anos de idade (22% da população), alimentando um mercado que já movimenta cerca de 50 bilhões de reais, segundo informações do Instituto Alana, de São Paulo. Para manter os consumidores mirins bem informados sobre as ofertas do mercado, só em 2006 foram investidos 209,7 milhões de reais na publicidade de produtos infantis no Brasil. De acordo com a pesquisa IBGE – InterScience, 2003, as crianças influenciam 80% das compras totais, em casa. E a quantidade de propaganda na TV parece ter tudo a ver com isso.


Assim, a sociedade  de um modo geral  deve incumbir-se da promoção de campanhas que enfatizem o CONSUMO CONSCIENTE; a princípio, direcionadas para os adultos para que  estes, através do exemplo, possam influenciar positivamente o comportamento infantil no que se refere ao consumo infantil.