quarta-feira, 1 de abril de 2015

HTPC – “POESIA NA ESCOLA”

POR MARI MONTEIRO




No HTPC, realizado em 23/03/2015, a Coordenadora Nádia Cristina desenvolveu, junto à  Equipe Escolar uma Oficina  acerca da importância do aprendizado de poesia na escola. Para tanto, foram selecionadas previamente diversas obras sobre poesia, a fim de contemplar diferentes estilos.


Além disso, o tema estudado nesta Oficina está associado com o PROJETO EDUCACIONAL 2015 da E.E. Carlos Drummond de Andrade: “O PLANETA DO NETO DO MEU FILHO”. Nesse sentido, além de estudar poesia, os docentes poderão elaborar poesias, cuja temática central é a preservação ambiental.


Durante o HTPC, foram apresentados slides e, em seguida, produtivas conversas sobre os mesmos. Para finalizar, houve uma  análise das obras apresentadas e alguns docentes solicitaram o empréstimo dos livros para aprofundamento dos estudos; bem como, para a realização de futuros trabalhos em sala de aula.



Segue o texto de José de Souza Miguel Lopes, que serviu de base para os estudos iniciais:


“A história da humanidade é formada, portanto, por uma tradição mito poética, que, de geração em geração, ajudou a criar a memória social dos povos, que perdura até os dias de hoje. A poesia esteve presente, portanto, na fundação do imaginário humano e seguiu seu curso encantatório através das vozes das culturas oralistas até o surgimento da escrita.

A poesia firmou-se, então, como atividade livre, em que o imaginário, o intelecto, os afetos podem ser exercitados. Sem a atribuição da necessidade de gerir o coletivo, a poesia ganhou o estatuto de trabalho de linguagem em que o poeta tem a possibilidade de exercitar o seu estilo.

Apesar das mudanças os poetas ainda se encontravam presos a outras amarras, como os estilos predominantes. Na poesia clássica, por exemplo, existia o pensamento de se construir o poético a partir de estilos cristalizados, convencionados pelo costume. Raras manifestações poéticas ousavam experimentar e inovar em novos exercícios de linguagem.

Quando o autor conscientiza-se de que a criação permite ir além do convencional, existe a ampliação de experimentações no espaço linguístico. Despertando para a sensibilidade  e para os valores estéticos, aprimora as emoções e aguça as sensações.
O texto poético exige introspecção porque joga com múltiplos sentidos, realçando signos e significantes. O poema demanda de seu leitor um olhar mais atento, requerendo um entrelaçamento contínuo de emoções e desejos, juízos e considerações.

A poesia leva o aluno a se perceber como sujeito construtor de significados. A poesia pode ser a centelha que deflagrará no aluno o encantamento, a inspiração, porque é um jogo com sons, ritmos, conceitos e experiências. “


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