quarta-feira, 13 de novembro de 2013

TEMPO DE SER CRIANÇA

POR MARI MONTEIRO


Artigo dedicado à Gestora Helena e à criança que nela habita desde sempre...

Ouvi, há um tempo atrás, que o ser humano tem aproximadamente sete anos para ser criança e o resto da vida para ser adulto. O autor, cujo nome não me recordo no momento, fazia uma  alusão ao início da VIDA ESCOLAR. E, com ele, o início de uma série de responsabilidades e compromissos. Este cenário mudou um pouco de uns tempos para cá. Se pensarmos sob este ponto de vista, o ser humano tem cada vez MENOS TEMPO de ser criança, já que inicia a vida escolar cada vez mais cedo.


Não podemos deixar de perceber o quanto isso é TRISTE. Não encontrei adjetivo mais apropriado. Pensei em "violento"; mas lembrei-me da necessidade que os pais possuem de trabalhar e sustentar dignamente suas famílias. Fato é que os membros de uma mesma família se veem com uma frequência e com uma qualidade cada vez menores.


O convite para uma reflexão sobre este assunto surgiu à medida em que compreendi o quanto as crianças tem se transformado com a ADULTIZAÇÃO  e passado por processos de EROTIZAÇÃO extremamente precoces.


Há mais ainda para lamentarmos.  A esse pouco tempo que resta à criança para ser PLENAMENTE criança, somam-se fatores como: falta de espaço para o contato com o outro; afetividade; brincadeiras ao ar livre cada vez mais escassas... Ah! Se fosse só isso! O estrago, por assim dizer, é bem maior. Uma vez que se torna adulto cada vez mais cedo; mais cedo também são perdidos muitos VALORES e COSTUMES preciosos que, nós, da chamada GERAÇÃO "X" tivemos o privilégio de vivenciar.

Diante disso, me vem à mente uma questão que chega  ser "injusta": Nós, da geração "X", subimos em árvores, brincamos ao ar livre, tomamos banho de chuva, inventamos boa parte de nossos brinquedos etc, mas   CONSEGUIMOS nos adaptar à geração atual (aos nascidos na Era Digital). Em contrapartida, o oposto não é mais possível! Pois, há muito, perdeu-se o interesse por coisas como: comer jabuticaba no pé; jogar bola de meia; roubar bandeirinha; jogar "fubeca"; jogar pedrinha: passar anel... (Nossa! Chega! Já estou  me sentindo "jurássica! rsrrsrs). 


Enfim, devemos nos sentir, além de privilegiados em nosso DESENVOLVIMENTO SOCIAL E INTELECTUAL, felizes... Muito felizes. Fomos crianças. AINDA SOMOS... E, se quisermos, de verdade, podemos continuar sendo, através do cultivo da nossa criatividade, sensibilidade, espontaneidade e habilidade de enxergar além dos "muros" que nos são impostos a cada dia pela inevitável aspereza do cotidiano...


segunda-feira, 11 de novembro de 2013

MUDANÇAS NA REPROVAÇÃO ESCOLAR EM 2014

POR MARI MONTEIRO



A partir de 2014, o Governo do Estado de São Paulo, realiza algumas mudanças no que se refere à reprovação e também à avaliação. Certamente, tais mudanças trarão AVANÇOS e INQUIETAÇÕES. O que será positivo para a Rede de Ensino. “Não haverá mais aquela “ACOMODAÇÃO”, quase que generalizada, (perdoem-me a rudeza) de que “não preciso me esforçar tanto, o aluno será aprovado mesmo“...”.  “Ele recupera depois”. Esse “depois”, quase sempre, é TARDE DEMAIS! É muito importante que TODOS (pais, alunos e professores) entendam, o quanto antes, as mudanças vindouras. Assim, segue um breve resumo, só pra aquecer os estudos e as ações que devem ser traçadas a partir de então.
 

 A partir de 2014 a rede pública do Estado de São Paulo aumentará o número de anos em que os alunos podem ser reprovados. Em anúncio realizado na manhã desta sexta-feira (8), no Palácio dos Bandeirantes, o governador Geraldo Alckmin explicou que o ensino fundamental será dividido em três ciclos com possibilidade de reprovação. A mudança da rede deve afetar 2,5 milhões de estudantes.Na apresentação, o secretário de educação, Herman Voorwald, fez questão de enfatizar que o plano vem sendo estudado desde 2011 e foi discutido com os profissionais da rede. 


Na avaliação do secretário de educação, a mudança ajudará a acompanhar o desenvolvimento dos alunos de ensino fundamental que vêm da rede municipal. Segundo ele, 82% dos estudantes de escolas estaduais já passaram por redes municipais.


 O aumento do número de oportunidades de reprovação foi bem recebido pela rede, segundo o secretário de Educação. "Houve uma movimentação da rede para mostrar que deveríamos também responsabilizar o aluno pelo aprendizado", afirmou Voorwald. 


Para o secretário, os resultados do novo plano de educação aparecerão já no IDEB  2015 (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). No entanto, o governo avalia que a progressão continuada é benéfica, pois ajuda no combate a evasão. A medida é apenas um aprimoramento do método usado há 15 anos.  In. http://ne10.uol.com.br/canal/cotidiano/educacao/noticia/2013/11/08/alunos-da-rede-estadual-de-sao-paulo-poderao-repetir-3-series-453593.php - acesso em 11/11/2013)