quinta-feira, 24 de abril de 2014

CONSUMISMO NA INFÂNCIA

POR MARI MONTEIRO



Uma das características da sociedade atual é o CONSUMISMO DESENFREADO.  Somos bombardeados pela mídia em geral. Somos induzidos a adquirir MUITO MAIS do que necessitamos. Se nós, adultos, não conseguimos resistir como deveríamos, imagine a criança.


Por ser mais suscetível e influenciável, a publicidade direcionada ao público infantil usa de diversas artimanhas para “seduzi-lo”.  Tal situação se agrava; sobretudo, em datas comemorativas como: Dia das Crianças; Páscoa; Natal etc.


Há, inclusive, a questão da publicidade cotidiana: aquela que vemos todos os dias na TV e/ou na internet.  Os adultos são capazes de controlar seus desejos e de compreender as próprias limitações quanto ao consumo; por exemplo, de alimentos. O que não ocorre tão facilmente com o público infantil. Imaginemos uma propaganda de refrigerante num dia quente.  Para algumas crianças, bastará abrir o refrigerador e saciar a sede; mas, para a maioria, essa é uma realidade distante. E a vontade? O que fazer com ela? E por aí vai. São roupas; brinquedos; aparelhos tecnológicos etc.



Nesse sentido, cabe aos pais e aos educadores promover diálogos que promovam o entendimento gradativo sobre o “consumo consciente”. O mercado de produtos infanto-juvenis não pára de crescer, acompanhando e estimulando o aumento do poder dos filhos para influenciar os pais na hora da compra. Segundo o último censo do IBGE, 28% do total da população brasileira têm menos de 14 anos. São 35 milhões de crianças até dez anos de idade (22% da população), alimentando um mercado que já movimenta cerca de 50 bilhões de reais, segundo informações do Instituto Alana, de São Paulo. Para manter os consumidores mirins bem informados sobre as ofertas do mercado, só em 2006 foram investidos 209,7 milhões de reais na publicidade de produtos infantis no Brasil. De acordo com a pesquisa IBGE – InterScience, 2003, as crianças influenciam 80% das compras totais, em casa. E a quantidade de propaganda na TV parece ter tudo a ver com isso.


Assim, a sociedade  de um modo geral  deve incumbir-se da promoção de campanhas que enfatizem o CONSUMO CONSCIENTE; a princípio, direcionadas para os adultos para que  estes, através do exemplo, possam influenciar positivamente o comportamento infantil no que se refere ao consumo infantil.

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