terça-feira, 17 de dezembro de 2013

UBUNTU PARA MIM E PARA VOCÊ!

POR MARI MONTEIRO



Artigo dedicado às Gestoras Helena e Conceição (sabedoras, mesmo que inconscientes da prática do Ubuntu desde que nasceram).


►  Não haveria um período mais propício para conhecermos e para compartilharmos uma Filosofia africana Ubuntu. O fato abaixo esclarece o porquê de sua importância:



Um antropólogo estava estudando os usos e costumes de uma tribo na África e, quando terminou seu trabalho, teve que esperar pelo transporte que o levaria até o aeroporto de volta pra casa. Sobrava muito tempo, mas ele não queria catequizar os membros da tribo,  então, propôs uma brincadeira para as crianças, que achou ser inofensiva.

Comprou uma porção de doces e guloseimas na cidade, colocou tudo num cesto bem bonito com laço de fita e deixou o cesto debaixo de uma árvore. Chamou as crianças e combinou que quando ele dissesse "já!", elas deveriam sair correndo até o cesto e, a que chegasse primeiro ganharia todos os doces que estavam lá dentro.

As crianças se posicionaram na linha demarcatória que ele desenhou no chão e esperaram pelo sinal combinado. Quando ele disse "Já!", instantaneamente todas as crianças se deram as mãos e saíram correndo em direção à árvore com o cesto. Chegando lá, começaram a distribuir os doces entre si e a comerem felizes.

O antropólogo foi ao encontro delas e perguntou porque elas tinham ido todas juntas se uma só poderia ficar com tudo que havia no cesto e, assim, ganhar muito mais doces.

Elas simplesmente responderam: "Ubuntu, tio. Como uma de nós poderia ficar feliz se todas as outras estivessem tristes?" 


Como podemos perceber, temos muito que aprender com a cultura africana. Uma filosofia, a princípio, simples, mas que envolve uma complexa e NECESSÁRIA mudança de postura. Uma postura voltada para a coletividade; para o zelo com o semelhante. Por isso, vale a pena conhecer alguns de seus princípios básicos.






Ubuntu é visto como um dos princípios fundamentais da nova república da África do Sul (no Zimbabue por exemplo, Ubuntu tem sido usado como forma de resistência à opressão existente no país), e está intimamente ligado à ideia de uma Renascença Africana. Na esfera política, o conceito do Ubuntu é utilizado para enfatizar a necessidade da união e do consenso nas tomadas de decisão, bem como na ética humanitária envolvida nessas decisões.


Ubuntu é uma ÉTICA ou IDEOLOGIA da África (de toda a África, em particular a palavra é de origem Bantu. É uma filosofia Africana que existe em vários países de África), focada nas alianças e relacionamento das pessoas umas com as outras. A palavra vem das línguas dos povos Banto; na África do Sul nas línguas Zulu e Xhosa. Ubuntu é tido como um conceito tradicional africano.

Uma tentativa de tradução para a Língua Portuguesa poderia ser "humanidade para com os outros". Outra tradução poderia ser "A CRENÇA NO COMPARTILHAMENTO QUE CONECTA TODA A HUMANIDADE.” ·.

Há inclusive uma definição muito pertinente feita pelo Arcebispo DESMOND TUTU: “Uma pessoa com ubuntu está aberta e disponível aos outros, não preocupada em julgar os outros como bons ou maus, e TEM A CONSCIÊNCIA DE QUE FAZ PARTE DE ALGO MAIOR e que é diminuída quando seus semelhantes são diminuídos ou humilhados, torturados ou oprimidos.(in. http://www.espacoubuntu.com.br/a-filosofia-ubuntu.html)

 Enfim, não há como conhecer a filosofia Ubuntu e permanecer inalterado espiritual e psicologicamente. Somos tentados, no mínimo, a repensar nosso olhar para o outro: o quanto julgamos? O quanto amamos? O quanto nós nos importamos com os semelhantes? O quanto meu estado de felicidade está conectado a felicidade dos outros. Isso explicaria algumas coisas. Dentre elas, me ocorre agora, um fato que, confesso, desde criança, me intriga: POR QUE DETERMINADAS PESSOAS QUE, MATERIALMENTE, TEM TUDO, PERMANECEM INFELIZES?  

Escrevendo este artigo, encontrei uma resposta muito plausível: Se o que esta pessoa pertence apenas a ela e não contribui para satisfazer as necessidades de mais ninguém; se somente ela tem acesso à sua SUPOSTA RIQUEZA, com quem ela vai sorrir? Com quem dividirá seus feitos e seus fardos? Então, conclui que a FELICIDADE só é mesmo REAL quando COMPARTILHADA!

FELICIDADE COMPARTILHADA É A AUTÊNTICA FELICIDADE


PORTANTO, DESTE MOMENTO EM DIANTE, MUITO UBUNTU PARA VOCÊ E PARA MIM!!!




segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

FESTA NATAL FELIZ (14/12/2013)

POR MARI MONTEIRO


TUDO QUASE PRONTO...

Já ouviu dizer que o AMOR É CONTAGIOSO! Pois é. A SOLIDARIEDADE também é!














 Isso ficou mais que claro neste sábado, quando a Equipe da E.E. Carlos Drummond de Andrade recebeu aproximadamente 900 pessoas para finalizar o Projeto Natal Feliz.
















Enquanto isso, do lado de fora da escola...




   
A expectativa da Equipe escolar não era menor que a das pessoas que aguardavam do lado de fora da escola. 




Abertura realizada pela gestora Helena: Pura alegria e emoção...



Palavras da Gestora Conceição: o entusiamo e ale
gria de sempre!



















A ALEGRIA estampada no rosto dos participantes ultrapassa as imagens que ilustram este texto. Somos capazes, então, não somente vê-la, mas de SENTI-LA.














As pessoas não paravam de chegar, o que deixava a todos cada vez mais felizes com o sucesso do evento. 



Chegou um ponto em que não se enxergava mais o final das filas de meninos e de meninas ávidos por seus presente. Presentes estes que não eram apenas um "bem material", mas um presente cujos VALORES AGREGADOS não podem ser comprados em loja alguma, por dinheiro algum; pois são presentes carregados de afeto; de dedicação e de amor.





Nosso espaço "florido" à espera do convidado ilustre: Senhor Papai Noel!








A chegada do Papai Noel que habita o imaginário infantil, agora, habitava também o espaço Drummond, espaço este bem íntimo de nossas crianças.



























Enfim, desde o início até o término do evento, o que predominou foi uma imensa gama se SENTIMENTOS POSITIVOS, que concederam mais LUZ e HARMONIA ao evento. Temos certeza de que tais sentimentos serão revividos de forma redobrada no próximo ano.





Da esquerda para a direita: Coordenadora Nádia; Gestora Conceição; Senhor Papai Noel; Gestora Helena;  Sra. Olinda Stoppa e a Prof. Mediadora geralda.
Agora, apreciem e SINTAM alguns momentos vivenciados por todos. Momentos estes que renovaram o desejo de TODA a equipe de Colaboradores e reforçaram em nós a certeza de que o caminho certo é esse: a EDUCAÇÃO somada à AFETIVIDADE e à HUMANIZAÇÃO.
























Por fim, a gestão da E. E. Carlos Drummond de Andrade agradece a todos que contribuíram para o êxito deste evento. Além disso, desejamos que esse clima de HARMONIA e de PAZ os acompanhem até seus lares e lá permaneçam, não apenas durante as festas, mas DURANTE TODA A VIDA DE CADA PESSOA QUE AQUI ESTEVE, compartilhando esta atmosfera de positividade, afeto e de solidariedade. E que  esta mesma  atmosfera continue permeando os novos projetos. Porque em 2014 TEM MAIS! MUITO MAIS!



FELIZ NATAL E UM PRÓSPERO ANO NOVO A TODOS SÃO OS VOTOS DE TODA A EQUIPE DA E.E.  CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE!


quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

DIÁLOGO E EDUCAÇÃO (PARTE I)

POR MARI MONTEIRO



Eis uma prosa que, volta  e meia, tenho com minha gestora Helena... Coisa boa. Quem dera, tivéssemos mais tempo pra isso: a importância do diálogo na consolidação das relações. (Nossa, parece nome de tese rsrrsrs... quem sabe um dia?).

"Nas últimas décadas, temos constatado a construção de novos paradigmas educacionais e constante recriação da práxis pedagógica libertadora. Dentro desse contexto educacional a transmissão de conteúdos educativos fora do contexto social do educando é considerada "criadouro de dados" porque não surge do saber popular. A aprendizagem nessa abordagem tem a configuração centrada no aluno, enfatizando a discussão, o diálogo, a comunicação , respeitando o conhecimento do aluno e sua capacidade para assumir a sua própria aprendizagem. Portanto, antes de qualquer coisa, a educação dialógica torna-se importante, pois é necessário conhecer o aluno inserido em um contexto social, conhecer o universo dos educandos, sua bagagem cultural, e, através do diálogo, em parceria com o educando, reinterpretá-los e recriá-los. Neste ponto, considerando que professor e alunos são sujeitos de uma relação recíproca de aprendizagem, torna-se possível diminuir as distâncias, as diferenças e as variações de alcance." (In.http://educador.brasilescola.com/trabalho-docente/o-multiculturalismo-dialogo-na-educacao.htm (acesso em 11/12/2013) 


Parece clichê, e é! Mas nunca foi tão necessário saber ouvir  como agora. Pois, o diálogo implica em saber ouvir. Caso contrário, torna-se um monólogo. O que, especificamente, na prática pedagógica é o que ocorre. Por outro lado, saber ouvir, implica em PACIÊNCIA, coisa rara hoje em dia. Culpa de quem? talvez da mudança de Era. Estamos em transição informações instantâneas; relações superficiais; olhares desencontrados... Todos estes fatores refletem na educação. 

O que é ser educado atualmente? Como educar? Como reeducar a si mesmo? São questões que precisam ser respondidas a fim de aprimorar nossa prática como educadores. Do contrário, estaremos perdendo tempo e  acumulando frustrações. A questão não é simples: todos querem tudo ao mesmo tempo agora. O aluno quer "NOVIDADES"; o professor quer "RESULTADOS". Diante disso, convém começarmos por redefinir os conceitos (novidades e resultados) e pensar na possibilidade de juntar ambas expectativas.


Assim ,dada a complexidade deste tema, este artigo é denominado "DIÁLOGO E EDUCAÇÃO (parte I)". Pois é apenas uma PROVOCAÇÃO INICIAL, que pretende transformar-se num DIÁLOGO CONSTANTE entre todos os interessados em  modificar a prática pedagógica, transformando-a numa atividade menos desgastante, mais interessante, mais humanizadora... Onde professores e alunos não necessitem gritar num espaço físico tão, geograficamente, pequeno como é a sala de aula. Por isso, ACEITE O CONVITE, converse conosco sobre o assunto.


Até a próxima prosa!



LIVRO RECOMENDADO:  Educação e diálogo ( Demerval Saviani): SINOPSE: "As entrevistas reunidas neste livro compõem um extenso painel. Sobre o pano de fundo de questões de amplo alcance como a relação entre educação e modo de produção, a formação integral do ser humano, concepções e inovações pedagógicas, educação e transformação social, são tratadas questões de grande atualidade. Com efeito, a maior parte das entrevistas versa sobre os problemas atuais da educação brasileira, enfocando, especialmente, as iniciativas no âmbito da política educacional, cujos acertos e equívocos são submetidos à análise e avaliação crítica. (...)  Dessa forma contribui para fazer avançar o debate e, principalmente, para reorganizar o ensino em todos os níveis na forma de um sistema nacional com alto padrão de qualidade em sintonia com as expectativas acalentadas pela população brasileira. Com esta obra, a Editora Autores Associados coloca à disposição dos leitores, de modo geral, um valioso instrumento que traz importantes esclarecimentos sobre os candentes problemas da educação brasileira atual. Especificamente os professores passam a contar com subsídios suscetíveis de enriquecer seu trabalho nas várias disciplinas que integram os currículos dos cursos de formação docente." (In. http://carolineluvizotto.wordpress.com/category/livros/ ( acesso em 11/12/2013)