segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

CONTINUANDO A CONVERSA: REDES SOCIAIS E APRENDIZAGEM

POR MARI MONTEIRO


“De acordo com estatísticas do Facebook, atualmente, o Brasil é o terceiro maior USUÁRIO GLOBAL dessa rede. Com 76 milhões de usuários, nosso país fica atrás apenas da Índia (que tem 82 milhões) e dos Estados Unidos (que tem 179 milhões).” (In. Revista Presença Pedagógica – Vol. 19 – N. 114, Nov. / dez. 2013: 55).

A criação de um perfil no Facebook é um bom começo para que os educadores se aproximem mais de seus alunos e inicie uma relação mais próxima com as redes sociais. Hoje são raros os alunos que não perguntam ao seu professor se ele tem Facebook; isso sem falar em Instagran; Twitter: Whatsap etc.


De acordo com o filósofo francês Pierre Levy (Op. Cit.), a rede se forma por uma questão de IDENTIDADE, aproximando pessoas de diferentes lugares do mundo. Nesse sentido, ele afirma que o tempo e o espaço configuram uma REALIDADE SOCIAL VIRTUAL chamada de ciberespaço, que traz alterações PROFUNDAS na nossa maneira de AGIR e de INTERAGIR. Por essa razão, é preciso rever, ampliar e recontextualizar os conceitos de tempo, espaço e distância. Na escola contemporânea, o tempo de aprender EXTRAPOLA O HORÁRIO ESCOLAR. A distância entre o professor e o aluno se encurta no ciberespaço.


Os argumentos de Levy (2014) já seriam suficientes para que todos nós vivenciássemos esta experiência: aproximar-nos dos alunos através de uma rede social.  Ainda assim, a resistência é grande. Resistência esta que, muitas vezes, vem acompanhada de um preconceito infundado: o medo de se expor demais. Isso NÃO existe. A partir do momento que crio um perfil social, eu o configuro de acordo com o que me convém. Se bem que se for para ter um perfil social e (como o próprio nome sugere) não socializar nada com ninguém, é melhor comprar um diário com chave e expressar nossas opiniões nele.



É, no mínimo, interessante, tanto para o aluno como para o professor e até mesmo para os colegas de trabalho, conhecer as preferências e os princípios uns dos outros através do ciberespaço. Isso porque, dependendo da forma como um usuário administra seu perfil, é possível estabelecer uma troca muito significativa de informações. Informações esta que, no espaço físico da escola, se perdem ou, simplesmente, não acontecem.


Diante disso, assim como recomenda o filósofo Pierre Levy (Op. Cit.), caso desejemos uma melhor relação com nossos alunos e mais eficácia ao ensinar, a RECONTEXTUALIZAÇÃO de nossa forma de ensinar é urgente. Porém, isso implica na consideração de diversos fatores como: recursos; disponibilidade de tempo fora do espaço escolar; ter clareza de que alguns softwares didáticos trazem uma estrutura tão rígida e conteudistas que, por isso, NÃO DEVEM ser comparados com uso da tecnologia em prol da INTERAÇÃO possibilitada pelas redes sociais. Estes e outros aspectos que despertarem dúvidas podem(e devem!) ser, ampla e criticamente, discutidos nas escolas de modo a tornar viável a interação significativa e o uso QUALITATIVO e CONSCIENTE das redes sociais.

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BOA LEITURA!!!

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