POR MARI MONTEIRO
Todos nós sabemos, até porque ela está cada vez mais
presente no nosso dia a dia, que a tecnologia é muito útil e benéfica e que,
como todo recurso pedagógico, tem VANTAGENS E DESVANTAGENS.
Vantagens porque, quando bem utilizada, rende excelentes “frutos”; pois é
atraente e faz parte da realidade do aluno. Muito embora, neste exato momento,
algum leitor deva estar resmungando algo parecido com: “Ah! Vá! Meus alunos mal
tem o que comer!”. Isso porque temos a mania de subestimar as habilidades dos
alunos NASCIDOS NA ERA DIGITAL.
E desvantagens; sobretudo, porque ainda existe muita dificuldade em
CONVENCER (não encontrei um termo melhor) os profissionais da educação de que não
há mais como não planejar, e desenvolver atividades que envolvam o uso das tecnologias no
trabalho docente.
Tanto a abordagem anterior é verdadeira, que consigo (eu e mais um sem número de
pessoas também) perceber os mais diferentes e variados posicionamentos sobre este tema numa mesma
escola, seja ela particular ou pública; obviamente que, na instância privada,
os docentes são “OBRIGADOS” a trabalhar com a realidade do aluno. Primeiro
porque tem todos os recursos à mão e, depois, porque os pais cobram este tipo
de trabalho: a preparação do aluno para o “HOJE”. Já nas escolas públicas
também há uma predisposição para realizar trabalhos de qualidade envolvendo a
tecnologia, embora os recursos não sejam suficientes em muitas unidades. Mas, há
também o professor que OPTA por não ENXERGAR; ou seja, é bem mais cômodo fingir que meu aluno de hoje é
EXATAMENTE igual ao aluno da época em que eu estudava e que a ele bastam giz,
lousa e muita conversa (quando há!).
De acordo com uma reportagem do Estadão, datada de 2010 (faz um
tempinho hein? O que significa que muita coisa avançou desde então), Ana Maria
Hessel, professora de tecnologia da inteligência e design digital da Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), afirma que a educação está
atrasada e ainda não encontrou um modo de usar a tecnologia em aula. “Os alunos
já consomem tudo isso. Somos nós, professores, que estamos atrasados, e os
alunos vão nos ensinar. As tecnologias promovem uma troca ótima.”
Para ela, a “compulsão por informação” provocada pelas novas
tecnologias deve sim ser incorporada nas salas de aula. “Há uma necessidade de
multitarefa nessa geração. Não é possível dar uma aula como antes.”
Algumas escolas particulares de São Paulo estão promovendo
projetos que incorporaram a tecnologia de forma pedagógica na grade curricular.
O colégio I.L. Peretz, na Vila Mariana, criou uma midiateca para que
professores e alunos tenham acesso às novas mídias. “É um modo de estimular o
aluno”, diz o responsável pelo espaço, Heber Terra.
Plataformas como blogs e o site de vídeos YouTube são usadas
para trabalhar textos e até projetos científicos no colégio Santo Américo, no
Jardim Colombo. “As redes sociais são promissoras até como ferramenta de
formação continuada aos professores. Mas é preciso encontrar um norte”, afirma
o coordenador pedagógico do ensino fundamental do colégio, César Pazinatto. (In. http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,uso-de-tecnologia-ainda-e-desafio-para-professor,626271,0.htm
–
acesso em 12/02/2014)
Enfim, como disse, este artigo representa apenas o início de uma
conversa que se estenderá e, quiçá, evoluirá para práticas pedagógicas cada vez
mais próximas da realidade dos nossos alunos. O que, aliás, virou clichê, mas
não virou VERDADE em muitos estabelecimentos de ensino...
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