segunda-feira, 31 de março de 2014

SOBRE MERITOCRACIA E BÔNUS

POR MARI MONTEIRO



Meritocracia (do latim meritum, "mérito" e do sufixo grego antigo κρατία (-cracía), "poder") é um sistema de gestão que considera o mérito, como aptidão, a razão principal para se atingir posição de topo. As posições hierárquicas são conquistadas, em tese, com base no merecimento e entre os valores associados estão educação, moral, aptidão específica para determinada atividade. Constitui-se uma forma ou método de seleção e, num sentido mais amplo, pode ser considerada uma ideologia governativa.

A meritocracia está associada, por exemplo, ao estado  burocrático, sendo a forma pela qual os funcionários estatais são selecionados para seus postos de acordo com sua capacidade (através de concursos, por exemplo). Ou ainda – associação mais comum – aos exames de ingresso ou avaliação nas escolas, nos quais não há discriminação entre os alunos quanto ao conteúdo das perguntas ou temas propostos. Assim, meritocracia também indica posições ou colocações conseguidas por mérito pessoal.(In. http://pt.wikipedia.org/wiki/Meritocracia acesso em 31/04/2014) 

Uma vez definido seu significado, a meritocracia torna-se um assunto, no mínimo, OPORTUNO para o momento. “Pós Bônus”, nós, professores e TODOS os envolvidos com a educação, estão se sentindo “recompensados” pelo esforço e pela qualidade do trabalho desenvolvido. Sabendo, claramente, que o bônus e está diretamente ligado à meritocracia, fica evidente que apenas recebem aqueles que fazem por merecer. Fato este como qual concordo plenamente.

Há quem dirá que não há clareza de critérios; que não é justo... Enfim. Embora, eu não tenha recebido bônus (estava de licença no primeiro semestre de 2014), o que foi JUSTÍSSIMO, continuo acreditando convictamente que a meritocracia é o melhor caminho para se alcançar uma educação com qualidade cada vez mais elevada. Explico. Nascemos e vivemos em um país em que tudo é mensurado pelo capital; sobretudo, a força de trabalho. Basta refletirmos sobre o seguinte: O indivíduo que trabalha contando com a possibilidade de obter um rendimento maior (um bônus, cujo significado está relacionado a MELHORIAS), certamente, desempenhará suas tarefas de modo a superar a si mesmo.

Obviamente, não posso falar sobre todas as escolas. Sobre a E.E. Carlos Drummond de Andrade eu sei o suficiente para dizer que a premiação por MERITOCRACIA (diga-se de passagem) foi merecida e; portanto justa. O que presencio no cotidiano da escola; bem como, em reuniões e afins, são profissionais altamente COMPROMETIDOS com a melhoria do ensino. Além disso, devo dizer que o MÉRITO da equipe ter alcançado a meta está diretamente atrelado aos ideais da Gestão, que são, incansavelmente, discutidos e colocados em prática pelos professores que, por sua vez, NELES ACREDITAM. Mais resultados sobre as metas da nossa escola no link: idesp.edunet.sp.gov.br/arquivos2013/007699.pdf (acesso em 31/03/2014). Basta copiar e colar na barra de busca.








Um aspecto que não pode deixar de ser mencionado; principalmente, porque é um projeto pelo qual e Escola nutre profundo respeito e carinho. Isso porque acredita que, com a participação dos pais, o ato de educar torna-se mais significativos. Daí a necessidade de ESTENDER NOSSOS AGRADECIMENTOS AOS FAMILIARES dos alunos; aos próprios ALUNOS que, apesar das intempéries vivenciadas por muitos, conseguem “responder” aos estímulos do professor. E que, me ocorreu agora, estão hoje na escola, provavelmente SEM SABER que “ajudaram” no alcance da meta proposta. TALVEZ ELES DEVESSEM SABER DISSO; assim como seus pais... Afinal, tal fato confere uma CREDIBILIDADE AINDA MAIOR À NOSSA ESCOLA E AO NOSSO TRABALHO. Então, que tal iniciar a aula de hoje dizendo esta boa notícias aos alunos e agradecendo-lhes pelo desempenho? Se eu fosse um deles, ficaria muito feliz em saber disso...


Enfim, a meritocracia é algo muito positivo não apenas na educação pública. Isso porque é uma prática que ocorre, há algum tempo, em outras instâncias com outras denominações: PL (Participação nos Lucros); Premiação por Produtividade etc. Então por que não no setor educacional? Ou seja, o que importa é FAZER POR MERECER. O que não é difícil se pensarmos que trabalhamos com alunos que MERECEM o melhor de cada um de nós! Valeu Equipe Drummond que, mais uma vez, FEZ POR MERECER!



terça-feira, 25 de março de 2014

LER É PRECISO: UMA PROPOSTA DECENTE!

POR MARI MONTEIRO



Não entendo muitas coisas na Educação. O que não é ruim; pois os questionamentos e as dúvidas nos movem. Mas, há uma questão em particular que me “perturba” desde que fiz o extinto Curso de Magistério (aquele em que o colegial com duração de QUATRO ANOS equivalia ao Ensino Médio com Habilitação para ministrar aulas). Trata-se do fato de o professor, de um modo geral, e quem me dará o parâmetro do quão geral é, serão os ESPERADOS COMENTÁRIOS que, eventualmente, sejam feitos acerca deste artigo, NÃO GOSTA DE LER.

Diante disso, há no mínimo dois aspectos que podem ser enumerados e que “servem” de defesa (ou, se preferir, de justificativa) para o fato de o professor não ler com a frequência que deveria e que, sei, MUITOS GOSTARIAM. Dentre eles; o PREÇO dos livros: altíssimo para os padrões e vida do brasileiro; a FALTA DE TEMPO; há muitos professores que lecionam TRÊS períodos. Ler quando? E como?  


Sobre o preço, realmente livro é um objeto de consumo caro. Mas, este argumento cai por terra, quando nos lembramos dos e – books e dos inúmeros sites que permitem baixar livros de graça. Além disso, toda escola (ou a maioria delas) conta com um acervo de livros para a formação do professor e periódicos de excelente qualidade; incluindo a REVISTA PÁTIO. Sabe quanto custaria esta revista, caso fôssemos comprá-la nas bancas? Tenho o exemplar deste trimestre em mãos (Janeiro/Março 2014) cujo preço é R$ 37,00. Praticamente o preço de alguns livros. Há, inclusive, livrarias que fornecem descontos para professores. Perceba que o problema relacionado aos preços não é tão grande assim.



Quanto ao tempo. Ah! O tempo! A falta deste é sim um grande problema. Eu mesma tenho diversos livros ainda intactos em casa que ganhei em aniversários, natal etc. Como gostaria de mais tempo para lê-los... Mas, ler CAL – MA- MEN –TE. E não como quem lê para cumprir uma lista pré-vestibular. Ou porque o livro é emprestado e preciso devolvê-lo logo. Contudo, LEIO. Não COMO e nem QUANTO gostaria; mas, LEIO.  O que é sempre melhor que nada. Aliás, considero esta a melhor “época” para ler. Pois, não lemos mais fazer provas ou resenhas. Podemos nos dar ao luxo de LER POR PURO PRAZER; seja para nossa formação; sejam romances; contos; artigos, enfim... Tudo que nos interessar e não o que, enquanto estudávamos, nos era IMPOSTO.

A propósito, a questão da OBRIGATORIEDADE DA LEITURA; sobretudo, no Ensino Médio é, a meu ver, a grande vilã da geração dos “não – leitores”. Porque, a gente odiava os livros; tinha prazos curtos; a linguagem era por demais distante da nossa... E, depois, havia sempre uma cobrança para notas.  Atualmente, vejo os professores oportunizando aos alunos uma variedade grande de livros; várias opções de gênero. O aluno, por sua vez, no mínimo, tem uma grande diversidade para manusear e para escolher. ESCOLHA. Esta deve ser a palavra – chave. Deveríamos todos poder frequentar as livrarias e ESCOLHER QUAL LIVRO COMPRAR. Dirão: “Não precisa comprar, pega emprestado na escola ou na biblioteca da cidade”. Sim. É uma alternativa viável. Mas, nada se compara ao prazer de escolher o NOVO; O SEU LIVRO (que poderá ser grifado, no qual poderão ser feitas as mais diversas anotações); a dignidade de pagar pelo livro agrega mais valor à leitura. Digo isso porque conheço muitos alunos que abrem mão de passeios ou roupas novas para comprar dois ou três livros novos.

Indiscutivelmente, nos esforçamos para que nossos alunos leiam. E presencio na E.E. Carlos Drummond de Andrade um grande empenho para que isso aconteça. Mas e nós? E quanto aos NOSSOS LIVROS; as NOSSAS ESCOLHAS; ao NOSSO TEMPO? Fica o desafio. Muito provavelmente (e isso é o que acontece comigo e, creio, com vários outros educadores), teremos de abrir mão de alguma coisa; trocar uma novela por um capítulo de um livro; meia hora de sono pela leitura de um conto ou artigo... Pois, por mais insignificante que estas ações possam parecer, elas FAZEM A DIFERENÇA. Terei mais assunto, mais conteúdo, mais argumentos... Posso dividir com meus alunos o que tenho lido. E eles saberão: MEU PROFESSOR LÊ! E, cá entre nós, nada como o bom e velho EXEMPLO.


Para terminar, FICA O DESAFIO. Conte-nos sobre o último livro que leu ou que está lendo. Basta um relato em forma de comentário em nosso blog. O OBJETIVO É COMPARTILHAR E SUGERIR leituras; resgatar livros e títulos que já não nos lembramos deles; conhecer novos autores e novas obras. Enfim, enriquecer nosso INTELECTO e nosso ESPÍRITO.  Farei o primeiro relato. QUEM SERÁ o (a) PRÓXIMO (A)?