segunda-feira, 3 de agosto de 2015

UMA SINGELA HOMENAGEM AO DOUTOR IÇAMI TIBA

POR MARI MONTEIRO




É com pesar que informamos o falecimento do doutor Içami Tiba em 02 de agosto. Uma pessoa que contribuiu (e continuará contribuindo através de seu legado) com educação de crianças, pais e professores.

Içami Tiba era filho de imigrantes japoneses, que chegaram ao Brasil em 1936. Estudou na Faculdade de Medicina da USP, onde em 1968 terminou os estudos em medicina.

Foi psiquiatra no Hospital das Clínicas da FMUSP, professor-supervisor de Psicodrama de Adolescentes e o primeiro presidente da Federação Brasileira de Psicodrama (1976-1978). Entre 1997 e 2006 integrou o Conselho de Administração da Associação Internacional de Psicoterapia de Grupo. Trabalhou como membro ativo na Equipe Técnica da Associação Parceria Contra Drogas (APCD).

Içami Tiba trabalhou durante mais de três décadas com adolescentes e conflitos familiares, tornando-se um dos maiores especialistas nessa área no Brasil. Professor em diversos cursos no Brasil e no exterior criou a Teoria da Integração Relacional, que facilita o entendimento e a aplicação da Psicologia por pais e educadores.

Depois de ter um quadro em programas da TV Record e da TV Bandeirantes por vários anos, Içami Tiba participou com frequência de vários programas na televisão e no rádio. Desde 1985, ano em que lançou seu primeiro livro, publicou outros quinze, ultrapassando a marca de meio milhão de exemplares vendidos. Sua obra "Anjos Caídos", por exemplo, aborda a prevenção das drogas na adolescência. Produziu ainda diversos vídeos, entre eles "Adolescência, Drogas e Rebeldia" e "Onipotência Juvenil".

No seu currículo existem mais de 3 mil palestras proferidas, mais de 72 mil atendimentos psicoterápicos a adolescentes e suas famílias e também 16 livros publicados, com um total de 850 mil livros vendidos. (In. http://pensador.uol.com.br/autor/icami_tiba/biografia - acesso em 03/08/2015).

Dentre os seus inúmeros textos, destacamos este como reflexão para todos nós:

“Se você abre uma porta, você pode ou não entrar em uma nova sala. Você pode não entrar e ficar observando a vida. Mas se você vence a dúvida, o temor, e entra, dá um grande passo: nesta sala vive-se! Mas, também, tem um preço... São inúmeras outras portas que você descobre. Às vezes curtem-se mil e uma. O grande segredo é saber quando e qual porta deve ser aberta. A vida não é rigorosa, ela propicia erros e acertos. Os erros podem ser transformados em acertos quando com eles se aprende. Não existe a segurança do acerto eterno.


A vida é generosa, a cada sala que se vive, descobrem-se tantas outras portas. E a vida enriquece quem se arrisca a abrir novas portas. Ela privilegia quem descobre seus segredos e generosamente oferece afortunadas portas. Mas a vida também pode ser dura e severa. Se você não ultrapassar a porta, terá sempre a mesma porta pela frente. É a repetição perante a criação, é a monotonia monocromática perante a multiplicidade das cores, é a estagnação da vida... Para a vida, as portas não são obstáculos, mas diferentes passagens!”





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