quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

DIÁLOGO E EDUCAÇÃO (PARTE I)

POR MARI MONTEIRO



Eis uma prosa que, volta  e meia, tenho com minha gestora Helena... Coisa boa. Quem dera, tivéssemos mais tempo pra isso: a importância do diálogo na consolidação das relações. (Nossa, parece nome de tese rsrrsrs... quem sabe um dia?).

"Nas últimas décadas, temos constatado a construção de novos paradigmas educacionais e constante recriação da práxis pedagógica libertadora. Dentro desse contexto educacional a transmissão de conteúdos educativos fora do contexto social do educando é considerada "criadouro de dados" porque não surge do saber popular. A aprendizagem nessa abordagem tem a configuração centrada no aluno, enfatizando a discussão, o diálogo, a comunicação , respeitando o conhecimento do aluno e sua capacidade para assumir a sua própria aprendizagem. Portanto, antes de qualquer coisa, a educação dialógica torna-se importante, pois é necessário conhecer o aluno inserido em um contexto social, conhecer o universo dos educandos, sua bagagem cultural, e, através do diálogo, em parceria com o educando, reinterpretá-los e recriá-los. Neste ponto, considerando que professor e alunos são sujeitos de uma relação recíproca de aprendizagem, torna-se possível diminuir as distâncias, as diferenças e as variações de alcance." (In.http://educador.brasilescola.com/trabalho-docente/o-multiculturalismo-dialogo-na-educacao.htm (acesso em 11/12/2013) 


Parece clichê, e é! Mas nunca foi tão necessário saber ouvir  como agora. Pois, o diálogo implica em saber ouvir. Caso contrário, torna-se um monólogo. O que, especificamente, na prática pedagógica é o que ocorre. Por outro lado, saber ouvir, implica em PACIÊNCIA, coisa rara hoje em dia. Culpa de quem? talvez da mudança de Era. Estamos em transição informações instantâneas; relações superficiais; olhares desencontrados... Todos estes fatores refletem na educação. 

O que é ser educado atualmente? Como educar? Como reeducar a si mesmo? São questões que precisam ser respondidas a fim de aprimorar nossa prática como educadores. Do contrário, estaremos perdendo tempo e  acumulando frustrações. A questão não é simples: todos querem tudo ao mesmo tempo agora. O aluno quer "NOVIDADES"; o professor quer "RESULTADOS". Diante disso, convém começarmos por redefinir os conceitos (novidades e resultados) e pensar na possibilidade de juntar ambas expectativas.


Assim ,dada a complexidade deste tema, este artigo é denominado "DIÁLOGO E EDUCAÇÃO (parte I)". Pois é apenas uma PROVOCAÇÃO INICIAL, que pretende transformar-se num DIÁLOGO CONSTANTE entre todos os interessados em  modificar a prática pedagógica, transformando-a numa atividade menos desgastante, mais interessante, mais humanizadora... Onde professores e alunos não necessitem gritar num espaço físico tão, geograficamente, pequeno como é a sala de aula. Por isso, ACEITE O CONVITE, converse conosco sobre o assunto.


Até a próxima prosa!



LIVRO RECOMENDADO:  Educação e diálogo ( Demerval Saviani): SINOPSE: "As entrevistas reunidas neste livro compõem um extenso painel. Sobre o pano de fundo de questões de amplo alcance como a relação entre educação e modo de produção, a formação integral do ser humano, concepções e inovações pedagógicas, educação e transformação social, são tratadas questões de grande atualidade. Com efeito, a maior parte das entrevistas versa sobre os problemas atuais da educação brasileira, enfocando, especialmente, as iniciativas no âmbito da política educacional, cujos acertos e equívocos são submetidos à análise e avaliação crítica. (...)  Dessa forma contribui para fazer avançar o debate e, principalmente, para reorganizar o ensino em todos os níveis na forma de um sistema nacional com alto padrão de qualidade em sintonia com as expectativas acalentadas pela população brasileira. Com esta obra, a Editora Autores Associados coloca à disposição dos leitores, de modo geral, um valioso instrumento que traz importantes esclarecimentos sobre os candentes problemas da educação brasileira atual. Especificamente os professores passam a contar com subsídios suscetíveis de enriquecer seu trabalho nas várias disciplinas que integram os currículos dos cursos de formação docente." (In. http://carolineluvizotto.wordpress.com/category/livros/ ( acesso em 11/12/2013)

2 comentários:

MARIA HELENA disse...

Saber ouvir é uma qualidade que se constrói nesta Sociedade tão ensurdecedora, mais que se faz necessário para que possamos aprimorar nosso modo de ser, pensar e agir. A Paciência é o carro chave para tudo que possamos realizar, pois trata-se da CIÊNCIA DA PAZ, a paz que reside dentro de nós e que precisamos resgatar a cada dia e nós educadores precisamos deste comprometimento.

E.E. CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE disse...

Cara Maria Helena,


O termo "CIÊNCIA DA PAZ" soa tão bem que deveria ser transformado em disciplina escolar; ou seja, parte do currículo obrigatório. Acredito que, assim como existem "treinamentos" para a guerra, exista também o APRENDIZADO para a PAZ! Excelente reflexão.

Muitíssimo obrigada pela participação.

Mari Monteiro