POR MARI MONTEIRO
Há dias os meios de comunicação anunciam o aumento do calor
e da consequente estiagem no estado de São Paulo. O fato de esta estiagem ser
incomum nos meses de janeiro e fevereiro causa alarde e chamam a atenção para
uma relevante questão: “Cadê as chuvas de verão de todo final de tarde?”.
Obviamente, nós estamos cientes das consequências destas fortes chuvas sobre a
população tais como: enchente; desabamento de encostas; pessoas que perdem tudo,
inclusive, a vida... Mas, é preciso ponderar: TANTO A ESTIAGEM COMO AS FORTES
CHUVAS SÃO PREJUDICIAIS AOS SERES VIVOS E À NATUREZA EM GERAL. Assim como,
também as causas deste desequilíbrio ambiental são resultados das NOSSAS AÇÕES
AO LONGO DE DÉCADAS. Cabe até mesmo o
clichê: “A gente colhe o que a gente planta.” Se é que poderemos colher ou
plantar algo de agora em diante.
Fato semelhante acontece com os “apagões”, que nada mais são do que
um “sinal” de que as usinas não estão dando conta de produzir a energia
necessária para o ABASTECIMENTO de determinadas regiões. O risco de faltar energia para abastecer
todo o sistema elétrico do Sudeste e Centro-Oeste, responsável por quase 70% do
fornecimento de energia no Brasil, nas próximas semanas é de 20,20%. Para o
Sul, essa probabilidade é de 20,75%. Os números foram levantados pela
consultoria Excelência Energética a pedido do site de VEJA e são calculados
com base nos dados do sistema do Operador Nacional do Sistema Elétrico
(ONS). A consultoria leva em conta a relação entre o regime de chuvas
previstas, a demanda futura e a capacidade de geração do sistema (já incluindo
as usinas termelétricas). (leia mais em http://veja.abril.com.br/noticia/economia/risco-de-apagao-no-sul-e-sudeste-ja-supera-20-aponta-estudo
)
Fato é que não dá pra ficar indiferente a estes acontecimentos.
Sobretudo, nós, educadores, temos o DEVER de levar esta discussão para sala de aula.
É imprescindível que, cada vez mais cedo, as pessoas saibam das mudanças
climáticas ocorridas (e que estão por vir) por conta do aquecimento global. Posso
fazer uma breve lista de aspectos capazes de convencer tanto a educadores como aso alunos desta “NECESSIDADE
PEDAGÓGICA”:
1 – estudo das causas do aquecimento global;
2 – consequências do aquecimento global;
3 - escassez e encarecimento dos alimentos;
4 – doenças advindas do calor excessivo;
5 – os iminentes riscos dos racionamentos de água e de
energia elétrica;
6 – prevenção do racionamento: utilização da água e da
energia elétrica com consciência; não apenas nos períodos de estiagem, mas
durante toda a vida (CONSUMO CONSCIENTE);
7 – a água potável é um RECURSO ESGOTÁVEL;
8 – necessidades de campanhas mais INCISIVAS na mídia sobre
o consumo consciente, o que é um fator motivador para que estas campanhas
aconteçam em âmbito local (no interior das escolas e no bairro em que estão localizadas , por exemplo);
9 - agravamento das doenças respiratórias;
10 – quais as ações necessárias à busca de EQUILÍBRIO na
natureza?
Enfim, assunto é o que não falta. O foco deve ser: QUE
PLANETA OS FILHOS DOS NOSSOS NETOS HERDARÃO? É, sim, urgente pensar em consequências longo prazo. O que, cá para nós, os brasileiros, não são muito afetos. Gostamos sempre
de achar que nada acontecerá conosco, que na hora “H” Deus dará um jeito... Não
foi Deus quem poluiu; desperdiçou água e energia... e nem é Ele quem quer que “torremos”
e adoeçamos com este calor “ANORMAL” e que tenhamos nossas casas e vidas destruídas pelos fenômenos da
natureza, que nada mais são do que uma RESPOSTA ÀS NOSSAS AÇÕES. Portanto, o
mínimo que podemos fazer é assumir nossa RESPONSABILIDADE e AGIR enquanto ainda
podemos... A pergunta é: QUEREMOS???